Fé e dinheiro

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Por que a maior crítica das pessoas contra igrejas neopentecostais se refere ao dinheiro? Porque o deus do mundo é o dinheiro. Por dinheiro as pessoas fazem tudo, então em um mundo capitalista, fazer doações para uma igreja é desperdício. Quem não tem a visão espiritual para compreender a lógica do dízimo e oferta vai focar no fato de alguém "dar dinheiro" para a igreja e achar um absurdo. 

Paulo afirma que o dinheiro é a raiz de todos os males, pois desde aquela época, o dinheiro era o deus de muitos. "Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores." (1Timóteo 6:10)

Há quem use a história do jovem rico como um argumento contra a necessidade de prosperar, mas essa parábola tem por objetivo alertar contra a idolatria dos bens materiais e assim nos ensinar a não colocar as vaidades em primeiro lugar. A bíblia relata, por exemplo, que os fariseus usavam suas riquezas para conseguir misericórdia de Deus. Por isso, Jesus alertou que a prática do dízimo/oferta só tem valor se tivermos um bom caráter. Ou seja, apenas fazer doações a uma igreja não garante benefícios. Os cristãos acreditam que ofertar e dizimar são atitudes de fé, cada uma com sua proposta, que vinculadas a outras boas atitudes geram bênçãos. 

"Lembrem-se: aquele que semeia pouco, também colherá pouco, e aquele que semeia com fartura, também colherá fartamente. Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria." (2 Coríntios 9: 6,7)

Porque criticam tanto essa atitude voluntária, uma vez que as pessoas são livres para fazerem suas doações? As mesmas pessoas que criticam as doações dos fiéis são obrigadas a pagar impostos ou juros absurdos diariamente. Todos nós pagamos impostos, mas essa comparação é para entender quando somos verdadeiramente obrigados a "dar dinheiro". "Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus." (Mateus 22:21). Se você defende a omissão ou condenação dessas práticas no novo testamento, saiba que em certa ocasião, Jesus foi contra aos que criticaram uma mulher por ofertar: 

"Indignaram-se alguns entre si e diziam: Para que este desperdício de bálsamo? Porque este perfume poderia ser vendido por mais de trezentos denários e dar-se aos pobres. E murmuravam contra ela. Mas Jesus disse: Deixai-a; por que a molestais? Ela praticou boa ação para comigo. Porque os pobres, sempre os tendes convosco e, quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem, mas a mim nem sempre me tendes. Ela fez o que pôde: antecipou-se a ungir-me para a sepultura. Em verdade vos digo: onde for pregado em todo o mundo o evangelho, será também contado o que ela fez, para memória sua." (Marcos 14).

"Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que de contínuo estão junto ao altar, participam do altar? Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho." (I Coríntios 9:13-14) Este versículo justifica o fato dos líderes religiosos se dedicarem ao evangelho e dele tirar o sustento. Exigir que tenham uma vida simples semelhante a dos tempos antigos é impossível considerando que vivemos em um mundo capitalista, então, é justo (e inevitável) que vivam uma vida digna. E se consultarmos muitas histórias bíblicas, veremos que as pessoas tinham prazer em servir os profetas e ajuda-los em seu sustento.

As ofertas e dízimos ajudam a manter a obra de Deus e trazem bênçãos para aqueles que semeiam com fé. O novo testamento não condena esse ato de fé, apenas traz novas orientações. Há cristãos vivendo de forma humilde por opção, não tem ambição de crescer ou porque não tem fé para conquistas materiais. Lázaro foi salvo, mas viveu uma vida de sofrimentos. Já Abraão foi salvo e também: "Era Abrão muito rico; possuía gado, prata e ouro" (Gênesis 13).

Apesar de nós cristãos estabelecermos estas relações entre fé e dinheiro, o maior objetivo é o cuidado com a vida espiritual. A salvação é uma recompensa para aqueles que mantiverem uma vida fiel aos ensinamentos de Deus, mas ser rico é um direito! Quando temos a alegria da salvação, nos damos por satisfeitos, pois a paz interior é suficiente e nos traz a verdadeira felicidade, porém uma vida de miséria gera uma série de problemas. Então, é justo que os cristãos lutem por uma vida próspera.


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