Comissão dos direitos humanos, fé e religião.
Olá, pessoal!
Hoje quero expor uma reflexão sobre um assunto que tem gerado polêmica, as críticas que as pessoas têm elaborado nas redes sociais ao que se estabeleceu sobre a comissão dos direitos humanos, uma vez que um pastor, Marcos Feliciano, irá presidi-la. Sendo assim, reuni diversos comentários meus, os quais expus em posts de jornais e revistas no facebook, nesta publicação do meu blog. Lembrando que argumentações e comentários são válidos, pois creio que é construindo diálogos e refletindo sobre a sociedade que chegamos a algum lugar, ou pelo menos, crescemos como ser humano. A minha primeira reflexão é resultado do que uma fotógrafa que sigo no facebook postou. Ela publicou um vídeo no qual esse pastor explanava sobre ofertas e intitulou a publicação de "Brincando com a fé dos outros. Vou dizer mais o que sobre isso?" O que me indigna é ver uma parcela de seus 4 mil seguidores expor quase que em coro algo de negativo tudo isso por influência de uma pensamento batido em relação a oferta e igrejas evangélicas. Em relação a isso exponho:
Oferta,
ninguém é obrigado a dar. Se essas pessoas estão sendo enganadas e vítimas de
comércio religioso, é porque querem. E nós, que somos enganados todos os dias ao
pagar tantos impostos e não ver melhorias. Dos impostos não podemos fugir,
somos obrigados a pagar. Esse é um verdadeiro roubo e enganação. Religião, não somos obrigados a ter uma. Já da política, não podemos fugir de
suas ações que escravizam a sociedade. Os que são contra essas práticas (religiosas), simplesmente não vão a lugares como
esses, temos esse poder de escolha. Já o sistema da sociedade nos escraviza,
com isso, não temos como fugir das escolhas feitas por outras pessoas (governo,
economia e etc). Escolhas que afetam a nossa trajetória. Isso realmente é
relevante e digno de preocupação. Ou vivemos em paz, tentando ser feliz mesmo
com essas situações ou mudemos para marte. A
religião escraviza as pessoas, porém todo o sistema da sociedade nos escraviza.
No entanto, não podemos deixar de ter fé em algo, pois é isso que nos permite a
permanecer nesse mundo louco, sem enlouquecer.
Em relação à reação da maioria da população que ao ver os meios de comunicação apresentando tal assunto com o mesmo tom e discuso creio que tendem a achar negativa essa decisão por conta da forma como a relatam, a maioria dos sites e jornais apontam logo no títulos das
manchetes que "Marcos é criticado por declarações racistas e
homofóbicas". O povo automaticamente concorda, pois é um discurso que dá
medo. Na minha opinião, temos que aguardar e não julgá-lo por ser um pastor, se
as ações dele durante o cargo forem ruins, aí sim existirão argumentos melhores
para criticá-lo. Sou grata por estudar linguística e análise do discurso, o que
me permite saber interpretar informações veiculadas pela mídia. Essas críticas
podem ser verdadeiras, mas chegam ao nosso conhecimento por um meio e não são
formuladas por nós mesmos.
Os
direitos humanos estão acima de ideologias, sim! Então quem que é a melhor e
mais preparada pessoa para estar nesse cargo? Políticos que são a favor de
cotas pensam no humano, por exemplo?
Ao invés de criticá-lo, pois não o conheço, torço para
que ela seja equilibrado e não penda nem para suas ideologias e nem para as outras.
Tem que haver ações, reflexões que abranjam as necessidades de todas as minorias e não ações que privilegiam um grupo ou que
segregue ainda mais (como as cotas em universidades, por exemplo). O meu maior
medo é de políticos que não falam bem o que pensam e tentam ser imparciais para
não se comprometerem e mancharem a imagem. Esses, sim, podem nos enganar e depois
surpreender com suas ações.
A conclusão, com tom de desabafo que faço, é que as pessoas (me incluo nisso, mas tenho um pouco de maturidade) querem criticar a política, religião, fé, cultura, sem entender, sem conhecer ou sem se pautar em suas próprias opiniões. Poucos são os que conseguem construir uma crítica independente, com isso muitos discursos clichês continuam a passear pela mentalidade de muitos e poluir os olhos de outros que como eu não saio absorvendo tudo que leio. Eu peço é por respeito, por liberdade religiosa, por uma verdadeira liberdade de expressão. Algumas coisas não irão mudar nesse mundo, não é acomodação, é uma verdade.
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