A mansidão é uma virtude que auxilia a convivência, pois nos possibilita manter a calma e o respeito, mesmo em situações importunas. Ser manso não significa abdicar-se da autoridade, pois é possível orientar e disciplinar por meio da mansidão: “E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; Instruindo com mansidão os que resistem” (2 Timóteo 2:24-25)

A pessoa mansa não se acha melhor que os outros, mas não se autodeprecia, tem confiança para agir de maneira gentil e sábia com seu próximo, conseguindo até acalmar uma discussão. A mansidão começa no interior através da ação do Espírito Santo e por isso não é um comportamento forçado.

O que temos visto no mundo

“O homem irado provoca brigas, e o de gênio violento comete muitos pecados.” (Provérbios 29:22)

É possível ter alto nível de escolaridade e não ter educação diante das pessoas, também há quem tenha pouco conhecimento mas sabe respeitar o próximo. O contrário dessas afirmações acontece, porém a mansidão independe de nível cultural e econômico. Em muitas sessões no Congresso Nacional, por exemplo, houve políticos que não se contentaram em argumentar, partiram para ofensas e grosserias.

A mansidão não é adquirida na escola ou em casa, pois é um fruto do Espírito Santo, e a educação dos mansos provém da palavra de Deus. O tempo passa e o desinteresse pelas escrituras sagradas aumenta. Por falta de conhecimento da palavra de Deus (Oséias 4:6), muitos se corrompem e se tornam perversos, pois desconhecem que é possível ser transformado através da ação direta do Criador.

Quem não desenvolve esse fruto, se transforma em uma pessoa mal-educada, orgulhosa, inconveniente e agressiva. Essas e outras reações negativas abrem portas para confusões, mal-entendidos e obras da maldade humana. Não é exagero, é fato. Um filho que é rebelde com os pais hoje, não aprendeu a ser manso antes. Um cristão também pode agir assim, a partir do momento em que sua fé esfria.

Caráter cristão na prática

O maior exemplo de Mansidão está em Jesus: “aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração” (Mateus 11:29). No novo testamento, Deus escolheu Moisés, pois essa característica era fundamental para liderar o povo de Israel: “E era o homem Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.” (Números 12:3-3).

Jesus cita a humildade, pois só conseguimos ser mansos quando temos um coração disposto a sacrificar o próprio eu. A força da mansidão também está no amor, pois se amo meu próximo, conseguirei trata-lo bem. Se amo meu cônjuge, conseguirei ser gentil. Às vezes, é melhor “engolir sapos” e evitar problemas do que falar o que vem à cabeça e ferir pessoas que amamos.

A vida cristã não é fácil, exige sacrifício, razão pela qual há muitos falsos cristãos, mas aquele que crê verdadeiramente e obedece aos mandamentos bíblicos, recebe a identidade de Deus. Quer conhecer os demais frutos? Clique aqui para acompanhar a série desde o início. 

Houve um homem na bíblia que demostrou uma fidelidade exemplar. Ele viveu um sofrimento por muito tempo, mas ao invés de murmurar ou duvidar, ele reagiu com fé e então: "o Senhor mudou a vida de Jó, enquanto orava pelos seus amigos, e lhe acrescentou outro tanto e em dobro tudo quanto possuía antes [...] e assim abençoou Deus o último estado de Jó, mais do que o primeiro [...] e teve filhos e filhas, que ele viu, feliz, até à quarta geração" (Jó 42:10-17). 

A fidelidade é o amor em exercício e a maior aliada da vida cristã pois muitas situações exigem de nós esse fruto. O próprio Deus prova o seu amor através de sua fidelidade: “Pois a palavra do Senhor é verdadeira; ele é fiel em tudo o que faz” (Salmos 33:4).

O que temos visto no mundo

Uma pesquisa da USP apontou que mais da metade dos homens brasileiros já traiu e existem ferramentas que facilitam a traição virtual. Os dois sites mais famosos possuem mais de 12 milhões de usuários no mundo e mais de 500 mil brasileiros em busca de uma relação extraconjugal. A exposição desse tema em novelas e filmes contribuiu para que essa prática fosse encarada como normal. Mas, a infidelidade provoca marcas negativas: “Mas o homem que comete adultério não tem juízo; todo aquele que assim procede a si mesmo se destrói.” (Provérbios 6:32)

A causa da infidelidade, independente da área em que se manifesta, é a fraqueza espiritual. Quando não alimentamos o espírito, a carne domina nossos pensamentos e ações: “Por isso digo: vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne. Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam.” (Gálatas 5:16-17)

Caráter cristão na prática

“Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca.” (1 João 5:18)

A fidelidade é necessária para o cristão obedecer aos mandamentos de Deus e assim manter o caráter aprovado. Não basta ser fiel dentro da igreja e concordar com tudo o que o pastor fala, é fora dela que seremos colocados à prova. Quando a fé está em alta, conseguimos ser fiéis até mesmo nos momentos mais difíceis, assim como procedeu Jó.

A história dos principais personagens bíblicos foi marcada por provas. O maior feito de Abraão foi sua obediência ao ser provado por Deus: “Deus pôs Abraão à prova” (Gênesis 22:1). A devolução dos dízimos e ofertas também é uma expressão de fidelidade e um reconhecimento de Deus como prioridade. Os dizimistas e ofertantes ajudam no desenvolvimento da obra e recebem bênçãos econômicas.

Devemos cumprir com os objetivos que prometemos a nós mesmos e manter os valores cristãos onde formos. Não podemos perder a essência nos ambientes em que a fé é confrontada. Não é necessário sair por aí com megafone defendo uma religião, mas é importante ser natural e autêntico quanto aos nossos próprios princípios. Agindo assim, estaremos nos valorizando e produzindo uma consciência limpa.

O 7º mandamento estabelecido por Deus é “Não adulterarás.” (Êxodo 20:14). E o 10º mandamento também está ligado à infidelidade: “não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.” (Êxodo 20:17)

As orientações sobre o adultério são claras, então quem cometeu esse pecado, “não temeu a Deus, não respeitou a Ele, a si e nem à sua esposa ou esposo, essa é a verdade, o que lhe faltou foi temor a Deus, respeito e consideração à pessoa a quem você está ligado, casado, e não forças, porque isso você tem”, afirmou bispo Júlio Freitas.

Na época de Moisés, a condenação para o adultério era a morte. Nos dias atuais, a consequência dessa prática é a morte espiritual, porém a restauração é possível através do verdadeiro arrependimento: “Arrependam-se, pois, e voltem-se para Deus, para que os seus pecados sejam cancelados” (Atos 3:19)

A fidelidade desenvolve em nós disciplina e visão espiritual para identificar as ciladas do mal: “Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele lhes providenciará um escape, para que o possam suportar.” (1 Coríntios 10:13)